quinta-feira, 21 de outubro de 2010
E Pelé disse não
Duvido que alguém tenha tido sua imagem vinculada a produtos e empresas em mais oportunidades e em mais países do que eu.
A afirmação, aparentemente pretensiosa, foi dada em entrevista à revista “Istoé Dinheiro” por um personagem conhecido mundialmente. E que tem um currículo de publicidades realmente extenso: Edson Arantes do Nascimento.
Desde que surgiu para o mundo nos gramados da Suécia em 1958, Pelé passou a ser alvo de empresas, interessadas em associar suas marcas ao Rei do futebol, que completa 70 anos no próximo sábado.
E que fez propaganda de quase tudo. De colchão, café, bola, banco, cartão de crédito, vitaminas e até remédio para disfunção erétil. Mas o melhor jogador de futebol de todos os tempos sempre se recusou a fazer anúncios de bebidas alcóolicas.
Propostas não faltaram. Uma das primeiras foi feita logo em 58, por um amigo de seu pai, Dondinho. O homem era diretor de uma usina de cana de açúcar. A oferta era para que o craque batizasse uma aguardente.
- Era um ótimo cachê. Mas na hora H eu disse: pai, isso não é bom pra mim. Propaganda de pinga não pega bem – relembrou certa vez o Rei.
Mas a desistência não impediu que muitas garrafas da “Caninha Pelé” fossem distribuídas para o comércio. Com a imagem do adolescente, retratado com o terno usado na volta da Suécia, no rótulo.
Pelé conseguiu que a maioria das unidades fossem recolhidas, mas algumas "sobreviveram" e viraram artigo de colecionador.
MEMORIA E.C.
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