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quarta-feira, 16 de março de 2011

O pacto Pelé


Ás vesperas da preparação para a Copa do Mundo do Mexico, em 1970, preocupados com o rumo das negociações financeiras com os atletas, os responsáveis pela Adidas e Puma, Horst Dassler e Armim Dassler, primos e respectivos herdeiros das marcas concorrentes, decidiram fazer um acordo onde nenhum dos 2 investiría em Pelé, com o receio de criarem uma disputa e um leilão sem prescedentes, chamaram o acordo de "Pacto Pelé.

Durante a preparação para a Copa de 1970, a Puma contratou
um destemido jornalista alemão para se infiltrar na seleção
brasileira. Hans Henningsen cobria o futebol brasileiro há
muito tempo para uma série de jornais internacionais. Era comum
que tomasse uma cerveja com os jogadores, e ele poderia
facilmente arrebanhar todos para a Puma. Contudo, para sua
surpresa, Hans recebeu instruções de ignorar Pelé. A situação
foi muito constrangedora para o jornalista, que conhecia bem
o jogador. Pelé o importunava, implorando por uma oferta da
Puma. Ele havia fechado um contrato pequeno com a inglesa
Stylo, e ficou bestificado de não receber nenhuma proposta
mais substancial dos alemães, ainda mais quando todos os seus
companheiros de seleção já tinham assinado acordos há tempos.
Poucos dias antes do começo da Copa, o melhor jogador
do mundo ainda estava sem contrato. Henningsen concluiuque “a situação era ridícula demais”; resolveu ignorar “El Pacto” e ofereceu
25 mil dólares a Pelé para usar as chuteiras da Puma na Copa do
México, e outros 100 mil para os próximos quatro anos. Além disso, o
jogador receberia também 10% de cada par vendido com seu nome.
Armin considerou a oportunidade absolutamente irresistível. Ele
sabia que a ira do primo extrapolaria todos os limites, mas as conseqüências
não pareciam ser tão ruins a ponto de forçá-lo a recusar o acordo
tramado por Henningsen.

O contrato teria um impacto tremendo para a Puma. Antes de um
dos jogos da fase eliminatória, Henningsen e Pelé bolaram um plano
para conseguir ainda mais exposição para a marca. Eles combinaram
que, pouco antes do pontapé inicial, o jogador iria até o juiz e pediria
um minuto. Ele então se ajoelharia e amarraria lentamente os cadarços.
Durante vários segundos, a chuteira de Pelé preencheria a tela de vários
milhões de aparelhos de televisão em todo o mundo.
Pelé ajudou o Brasil a conquistar mais uma Copa do Mundo, e o
nível de exposição que a Puma obteve foi inédito. Tarcisio Burgnich,
zagueiro italiano responsável pela marcação de Pelé na fi nal, não entendia
o que estava acontecendo. “Eu pensei comigo mesmo antes do jogo:
‘Ele é feito de carne e osso, como todo mundo.’ Mas eu estava errado”,
disse aos repórteres após a derrota da Itália por 4 x 1. A Puma exploraria
ao máximo a relação com o jogador: apesar de o acordo ter durado
somente quatro anos, as linhas de chuteiras criadas, tais como a “King”
e a “Black Pearl”, asseguraram um grande número de pedidos durante
longo tempo.

Como era de se prever, Horst Dassler não gostou nem um pouco.
Ainda no México, Hans Henningsen presenciou um encontro nada agradável
entre Armin, constrangido, e Horst, furioso. Horst viera acompanhado
de três brutamontes que claramente não estavam ali para um
bate-papo. Desse momento em diante, não haveria mais regras.

3 comentários:

  1. SARNA, SENSACIONAL..... fantastico post, você ja tinha me falado por cima desse pacto, é isso ai sarna. abs

    ResponderExcluir
  2. BOA HELIÔ .. muito boa essa materia mesmo !!!

    nunca tinha reparado q era Puma a chuteira, e os valores comparados a hoje em dia .. mas o melhor foi essa de amarrar a chuteira antes da bola rolar !!!

    parabens por esse post !!!
    abs.

    ResponderExcluir